Um estudo da ABRADIMEX, construído pela Deloitte a partir de dados da IQVIA, destacou que medicamentos representam apenas 2% das cargas roubadas no Brasil, mas têm alto valor agregado, facilidade de revenda e são difíceis de rastrear, o que torna a segurança no transporte um desafio importante para o setor. “Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, Comenta Paulo Maia, presidente executivo da entidade. Dados destacados 52% dos 42 especialistas em segurança logística preveem crescimento nos crimes contra cargas farmacêuticas em 2025 O furto de remédios costuma ser planejado, não ocasional, com foco em itens específicos de alto valor Sudeste e Sul concentram a maior parte dos casos no país, com o Sudeste respondendo sozinho por 85% do total de ocorrências Embora a maioria dos crimes aconteça durante o deslocamento em estradas e áreas urbanas, há um crescimento preocupante de assaltos a armazéns e Centros de Distribuição Como consequência o relatório aponta que o custo do frete é aumentado entre 5% e 10% em zonas de risco. Além do necessário investimento em carros blindados, escolta e tecnologia de segurança. A ABRADIMEX reúne 15 distribuidoras que atendem 15 mil estabelecimentos de saúde, com um portfólio de 243 itens e cerca de 10 milhões de entregas mensais. Essas empresas abastecem 80% dos hospitais privados e 61% das clínicas, representando 75% do mercado nacional. “Estes dados comprovam a importância estratégica desses operadores para garantir o acesso da população a terapias para doenças raras e de alto custo”, conclui Maia.
Câncer e doenças autoimunes impulsionam desenvolvimento de novos medicamentos
A incidência crescente de doenças oncológicas e imunológicas tem impulsionado o desenvolvimento de novos medicamentos, especialmente no mercado institucional brasileiro, onde a oncologia se destaca como a principal classe terapêutica. No período de 12 meses encerrado em agosto de 2024, o faturamento nacional com medicamentos oncológicos foi de R$ 77 bilhões, sendo R$ 26,1 bilhões oriundos da distribuição por meio de distribuidoras (35,67%). No canal non retail, os fármacos para tratamento de câncer representaram 82% das vendas, em contraste com 18% das vendas diretas. Os dados são do Relatório do Setor de Distribuição de Medicamentos no Mercado Institucional Brasileiro, realizado pela Deloitte a pedido da ABRADIMEX. O relatório também aponta avanço das distribuidoras no segmento de imunologia, com participação superior a quatro pontos percentuais. “Nessa categoria, as vendas de medicamentos atingiram R$ 7,3 bilhões, o equivalente a 55% do mercado institucional, contra a participação de 45% das vendas no varejo”, destaca Paulo Maia, presidente executivo da ABRADIMEX. As doenças autoimunes — como psoríase, lúpus e artrite reumatoide —, também vêm crescendo globalmente. Só o lúpus afeta cerca de 65 mil brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. “E em se tratando de um país de dimensões continentais, com população em franco processo de envelhecimento e que demanda medicamentos de elevado grau de sensibilidade, o papel das distribuidoras tende a se tornar cada vez mais prioritário no ecossistema de saúde”, reforça Maia.
Roubo de carga e pagamento esendido desafiam distribuidores de medicamentos especializados
Estudo encomendado pela ABRADIMEX à consultoria Deloitte destaca desafios do setor de distribuição de medicamentos, como roubo de cargas, prazos financeiros longos, logística complexa e exigências regulatórias. O mercado farmacêutico brasileiro chegou a R$ 229 bilhões, com forte avanço no canal institucional, que movimenta R$ 44 bilhões. A ABRADIMEX representa 15 distribuidoras responsáveis por 10 milhões de entregas mensais em todo o país. “Esses números ratificam o papel fundamental desses agentes para viabilizar o acesso da população a tratamentos de doenças raras e de alta complexidade”, destaca Paulo Maia. A oncologia lidera o faturamento do mercado (35,67%) e as distribuidoras são fornecedoras da maior parte dos medicamentos (82%)”; o mesmo ocorre com anti-infecciosos/fúngicos e hormônios (74%). As distribuidoras também ganharam 4,2 pontos percentuais em imunologia. O setor, sensível e altamente regulamentado, exige evolução técnica contínua, segundo a Anvisa e vigilâncias locais. “A não observância a esse detalhe pode inutilizar o medicamento e gerar custos milionários às fontes pagadoras”, alerta Maia. “Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, diz Maia. Outro desafio é a gestão comercial, com pressão de margens, inadimplência e aumento no prazo entre pagamento e recebimento. “Mesmo diante desses desafios, o setor procura reforçar investimentos para aprimorar e acelerar a execução de suas atividades, ratificando seu claro compromisso com a cadeia da saúde e com o acesso a medicamentos no país”, finaliza Maia.
Relatório da Deloitte analisa setor de medicamentos no Mercado Institucional
O canal institucional de medicamentos, que inclui produtos especializados e hospitalares, movimenta R$ 44 bilhões e cresce acima da média do setor, com operadoras e governos como principais compradores. A ABRADIMEX representa 15 distribuidoras especializadas, responsáveis por 75% do mercado e cerca de 10 milhões de entregas mensais. “Esses números ratificam o papel fundamental desses agentes para viabilizar o acesso da população a tratamentos de doenças raras e de alta complexidade”, enfatiza Paulo Maia, presidente executivo da entidade. A venda via distribuidor é predominante nas principais classes terapêuticas. “A oncologia lidera o faturamento do mercado (35,67%) e as distribuidoras são fornecedoras da maior parte dos medicamentos (82%)”, destaca Maia. O setor cresce com destaque para terapias como anti-infecciosos, fúngicos e hormônios (74%), além de ganho de 4,2 pontos percentuais em imunologia. Mas o avanço vem acompanhado de exigências técnicas, regulatórias e logísticas. Em um país de dimensões continentais e infraestrutura desafiadora, o controle de temperatura é essencial. “A não observância a esse detalhe pode inutilizar o medicamento e gerar custos milionários às fontes pagadoras”, alerta Maia. A segurança exige atenção em toda a operação. “Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, observa Maia. O setor também enfrenta desafios financeiros. “Mesmo diante desses desafios, o setor procura reforçar investimentos para aprimorar e acelerar a execução de suas atividades, ratificando seu claro compromisso com a cadeia da saúde e com o acesso a medicamentos no país”, finaliza Maia.
Relatório do Setor de Distribuição de Medicamentos no Mercado Institucional Brasileiro
Faça o download do Relatório do Setor de Distribuição de Medicamentos no Mercado Institucional Brasileiro, um estudo da ABRADIMEX, construído pela Deloitte a partir de dados da IQVIA.







