
Estudo encomendado pela ABRADIMEX à consultoria Deloitte destaca desafios do setor de distribuição de medicamentos, como roubo de cargas, prazos financeiros longos, logística complexa e exigências regulatórias.
O mercado farmacêutico brasileiro chegou a R$ 229 bilhões, com forte avanço no canal institucional, que movimenta R$ 44 bilhões. A ABRADIMEX representa 15 distribuidoras responsáveis por 10 milhões de entregas mensais em todo o país.
“Esses números ratificam o papel fundamental desses agentes para viabilizar o acesso da população a tratamentos de doenças raras e de alta complexidade”, destaca Paulo Maia.
A oncologia lidera o faturamento do mercado (35,67%) e as distribuidoras são fornecedoras da maior parte dos medicamentos (82%)”; o mesmo ocorre com anti-infecciosos/fúngicos e hormônios (74%). As distribuidoras também ganharam 4,2 pontos percentuais em imunologia.
O setor, sensível e altamente regulamentado, exige evolução técnica contínua, segundo a Anvisa e vigilâncias locais.
“A não observância a esse detalhe pode inutilizar o medicamento e gerar custos milionários às fontes pagadoras”, alerta Maia.
“Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, diz Maia.
Outro desafio é a gestão comercial, com pressão de margens, inadimplência e aumento no prazo entre pagamento e recebimento.
“Mesmo diante desses desafios, o setor procura reforçar investimentos para aprimorar e acelerar a execução de suas atividades, ratificando seu claro compromisso com a cadeia da saúde e com o acesso a medicamentos no país”, finaliza Maia.