A implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), que formalizará a rastreabilidade de medicamentos no Brasil e tem prazo para ser finalizada em abril de 2022, oferece alguns desafios aos membros da cadeia de movimentação de medicamentos – que incluem indústrias, distribuidores, transportadores, drogarias, farmácias e hospitais.
Essas empresas serão responsáveis por transmitir ao banco de dados da ANVISA todos os registros a respeito da circulação dos produtos sob sua custódia. Isso será feito com a adoção de tecnologias de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados dos produtos farmacêuticos em todo território nacional.
Por isso, um dos principais desafios é assegurar a harmonia desses processos, para que os impactos do sistema de rastreabilidade sejam menores, afetando o mínimo possível a distribuição dos medicamentos e demais produtos de saúde.
Outro desafio importante é a revisão dos processos internos de cada empresa e definição dos equipamentos corretos para ajudar na coleta dos dados, capazes de diminuir a taxa de erros e retrabalhos. Portanto, é importante que os softwares dos comunicadores estejam aptos para montar e desmontar os Identificadores de Embalagens de Transportes (IET) e o Identificador Único de Medicamento (IUM).
A sincronização e alinhamento dos dados entre os sistemas das empresas e o da ANVISA irá assegurar que os dados estejam atualizados em tempo real, aumentando a exatidão das informações. Isso será fundamental para garantir a eficiência da cadeia de saúde e a segurança dos pacientes, além de tornar o processo mais ágil.
Benefícios da rastreabilidade
A rastreabilidade utilizará o IUM para rastrear, individualmente, cada um dos medicamentos fabricados pela indústria. Além da segurança para pacientes e profissionais em relação aos medicamentos utilizados, essa implementação garante uma série de outros benefícios para toda a cadeia:
Agilidade na localização de produtos interditados para recall;
Garantia da dispensação de medicamentos em condição de uso, em caso de bloqueio de dispensação de lotes interditados ou vencidos via sistema;
Histórico do lote do medicamento desde o recebimento ao momento em que é utilizado pelos pacientes;
Agilidade no processo de dispensação, com a baixa de estoque online;
Importante ferramenta para a obtenção de certificações das procedências dos medicamentos.
Com isso, a movimentação e distribuição dos medicamentos se tornará mais eficiente, segura e com menor chance de erros e retrabalhos das empresas envolvidas.