Publicada no dia 6 de março, a Resolução 512/18, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), determinou a apreensão e inutilização de 11 lotes falsificados do medicamento oncológico Sutent® na embalagem com 28 cápsulas de 50 mg.
Foi o próprio Laboratório Pfizer que fez a denúncia da fraude à agência. Segundo comunicado da Anvisa, a falsificação refere-se à apresentação de 50 mg dos lotes 746EE, 747EE, 748EE, 190EE, 045AA, 191EE, 189EE, 985EE, 986EE, 987EE e 749EE.
Trata-se do mesmo produto envolvido numa denúncia de falsificação, em fevereiro, feita por um paciente que o recebeu de uma operadora de saúde no Rio Grande do Sul.
O Sutent® (malato de sunitinibe) é indicado para o tratamento de um tipo de câncer gastrintestinal, o tumor estromal gastrintestinal, para câncer metastático de células renais avançado e no tratamento de tumores neuroendócrinos pancreáticos não ressecáveis.
Risco à vida
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde):
- Desde 2013, foram relatados 1.500 casos de remédios falsificados, 42% dos casos na África e 21% na região das Américas.
- A cada dez produtos médicos em países de baixa ou média renda, um está abaixo do padrão ou é falsificado.
- Remédios falsificados podem não conter o ingrediente ativo, podem ter o ingrediente ativo errado ou até mesmo a quantidade errada do ingrediente ativo correto.
- Os produtos médicos mais falsificados em todo o mundo são antibióticos e remédios contra a malária.
- Estima-se que o comércio de remédios falsos esteja em torno de US$ 30,5 bilhões nos países de média e baixa renda.
Fonte: OPAS/ANVISA