
A incidência crescente de doenças oncológicas e imunológicas tem impulsionado o desenvolvimento de novos medicamentos, especialmente no mercado institucional brasileiro, onde a oncologia se destaca como a principal classe terapêutica.
No período de 12 meses encerrado em agosto de 2024, o faturamento nacional com medicamentos oncológicos foi de R$ 77 bilhões, sendo R$ 26,1 bilhões oriundos da distribuição por meio de distribuidoras (35,67%). No canal non retail, os fármacos para tratamento de câncer representaram 82% das vendas, em contraste com 18% das vendas diretas. Os dados são do Relatório do Setor de Distribuição de Medicamentos no Mercado Institucional Brasileiro, realizado pela Deloitte a pedido da ABRADIMEX.
O relatório também aponta avanço das distribuidoras no segmento de imunologia, com participação superior a quatro pontos percentuais. “Nessa categoria, as vendas de medicamentos atingiram R$ 7,3 bilhões, o equivalente a 55% do mercado institucional, contra a participação de 45% das vendas no varejo”, destaca Paulo Maia, presidente executivo da ABRADIMEX.
As doenças autoimunes — como psoríase, lúpus e artrite reumatoide —, também vêm crescendo globalmente. Só o lúpus afeta cerca de 65 mil brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
“E em se tratando de um país de dimensões continentais, com população em franco processo de envelhecimento e que demanda medicamentos de elevado grau de sensibilidade, o papel das distribuidoras tende a se tornar cada vez mais prioritário no ecossistema de saúde”, reforça Maia.