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Estudo da Deloitte aponta custos operacionais elevados para distribuição de medicamentos especiais e excepcionais

As despesas com distribuição de produtos chegam a 15% do custo operacional total de uma empresa no setor de medicamentos especiais e excepcionais, ficando atrás apenas dos gastos com pessoal. Esse é um dos dados que mais chamam a atenção em um estudo realizado pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, a pedido da ABRADIMEX. Segundo o que a consultoria apurou, o custo do frete subiu 20% entre 2010 e 2012, mas só em 2016 o crescimento foi de 12,9%. Desde 2010, as despesas com logística também estão em alta, fechando 2014 com 11,7%.

Em parte esses aumentos devem-se a especificidades do setor, já que as mercadorias exigem veículos refrigerados, uma rígida rotina de limpeza, profissionais capacitados para manusear e zelar desse tipo de carga, que, por seu alto valor agregado, é a quarta carga mais visada por assaltantes. Além do alto risco de roubo e de danos à mercadoria, outros fatores que impactam o custo da distribuição são a complexa previsão da demanda e a necessidade de fracionamento, que fazem com que a ocupação dos veículos fique em torno de 30%.

No fim da fila

Em desempenho logístico, o Brasil é o número 65 no ranking mundial e fica na 54a posição em infraestrutura. Os primeiros colocados são Alemanha, Holanda e Bélgica em logística. Em infraestrutura, os melhores são Alemanha, Cingapura e Holanda.

De acordo com a Deloitte, no Brasil, o setor de distribuição e logística recebe baixos investimentos em comparação com outros países e isso se reflete na quantidade e qualidade de opções de transporte de cargas.

Setor em expansão

O estudo feito pela Deloitte mostrou ainda que a distribuição de medicamentos no Brasil continua em expansão. Em setembro de 2016, o mercado total de farmácias e institucional movimentou R$ 78,9 bilhões, cerca de 15% a mais do que o mesmo mês de 2015. No mesmo período, as empresas associadas à ABRADIMEX, que têm foco no setor institucional (hospitalar), faturaram R$ 7 bilhões, que representa 41% desse mercado. O crescimento foi de 14%.