
O canal institucional de medicamentos, que inclui produtos especializados e hospitalares, movimenta R$ 44 bilhões e cresce acima da média do setor, com operadoras e governos como principais compradores.
A ABRADIMEX representa 15 distribuidoras especializadas, responsáveis por 75% do mercado e cerca de 10 milhões de entregas mensais. “Esses números ratificam o papel fundamental desses agentes para viabilizar o acesso da população a tratamentos de doenças raras e de alta complexidade”, enfatiza Paulo Maia, presidente executivo da entidade.
A venda via distribuidor é predominante nas principais classes terapêuticas. “A oncologia lidera o faturamento do mercado (35,67%) e as distribuidoras são fornecedoras da maior parte dos medicamentos (82%)”, destaca Maia.
O setor cresce com destaque para terapias como anti-infecciosos, fúngicos e hormônios (74%), além de ganho de 4,2 pontos percentuais em imunologia. Mas o avanço vem acompanhado de exigências técnicas, regulatórias e logísticas.
Em um país de dimensões continentais e infraestrutura desafiadora, o controle de temperatura é essencial. “A não observância a esse detalhe pode inutilizar o medicamento e gerar custos milionários às fontes pagadoras”, alerta Maia.
A segurança exige atenção em toda a operação. “Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, observa Maia.
O setor também enfrenta desafios financeiros. “Mesmo diante desses desafios, o setor procura reforçar investimentos para aprimorar e acelerar a execução de suas atividades, ratificando seu claro compromisso com a cadeia da saúde e com o acesso a medicamentos no país”, finaliza Maia.